segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Insônia


Aparece sem ser chamada
"Venha, vamos brincar!"
Uma intrusa sem medidas
Solta pelo ar

Não quer ser calada
Está pronta para dançar
Sem medo das feridas
Forte como o mar

Um rodopio, um devaneio
A cidade adormece
Um assovio, um zombeteiro
O sono desaparece

Quantas águas a rolar?
Quantas ondas a pular?

Me jogo de cabeça
E deixo a maré me levar
Procuro a peça
Que Morfeu quer
Para me embalar

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